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Rafael Ramos

Google anuncia mais restrições para empresa Meta (facebook) em Fevereiro de 2022

O Google anunciou, no dia 16/02/2022, que vai limitar o compartilhamento de dados de usuários do sistema operacional Android com aplicativos e que planeja eliminar os códigos que identificam os anúncios, dificultando o rastreamento dos cliques em publicidades digitais. O anúncio ocorre em meio a uma forte pressão de reguladores e da Justiça americana para que a gigante de tecnologia adote medidas para preservação de privacidade de seus usuários .


As novas regras ainda serão detalhadas e farão parte do Privacy Sandbox para o Android, iniciativa lançada hoje e que será posta em prática ao longo dos próximos anos. Segundo Anthony Chávez, vice-presidente de gerenciamento de produtos para Android Security & Privacy, o caminho traçado pelo Google será menos "brusco" do que escolhido pela rival Apple.





As políticas da App Store

Porém, nenhuma polêmica foi tão grave quanto o anúncio de um futuro recurso do iOS 14. A novidade dará ao usuário o poder de decidir o nível de permissão de rastreamento e coleta de dados que cada aplicativo terá. A função ainda não estreou, mas já causou burburinho em outras redes sociais e pode ser adotada também pela Google no sistema operacional Android.


É fácil perceber o porquê de o Facebook não ter gostado da novidade. A rede social depende desses dados como fonte de personalização de conteúdo, receita e direcionamento de anúncios.


A Apple diz defender a privacidade dos usuários, que "devem saber quando os dados estão sendo coletados e compartilhados por outros aplicativos e sites — e devem ter a escolha de permitir isso ou não". Ela ainda citou diretamente o Facebook como exemplo de aplicativo que "coleta o máximo de dados possível".





O CEO da Apple, Tim Cook, reforça que "transparência e reforma" são necessárias para garantir a privacidade do público.

A Apple fez mudanças no sistema operacional iOS, que permitem ao usuário liberar ou bloquear o compartilhamos de seus dados com terceiros. Sem o consentimento prévio deles, não há como ter acesso a seu histórico de navegação, por exemplo, que é a base para o modelo de publicidade do Facebook.



Efeito sobre o Facebook

A rede social oferece anúncios personalizados aos internautas e cobra dos anunciantes por isso. Sem as informações dos donos dos iPhones, a empresa de Mark Zuckerberg avalia que terá prejuízo de US$ 10 bilhões somente neste ano. A mudança afetou o desempenho financeiro do Facebook e a expectativa de receita para 2022, o que derrubou o valor de mercado da companhia em mais de US$ 200 bilhões no início do mês.


Tempestade perfeita: fuga de usuários e mudanças na política de privacidade da Apple atingem em cheio o Facebook


Se de um lado o compartilamento do histórico de navegação permite a oferta de anúncios personalizados, com base no interesse dos usuários, o ID dos anúncios permite que os anunciantes saibam se suas peças publicitárias foram bem-sucedidas, se houve muitos ou poucos cliques ou se um produto foi comprado após a visualização do anúncio.


É esse ID que o Google quer eliminar. O Google disse que já permite que alguns usuários desativem os anúncios personalizados removendo o identificador de rastreamento. Agora, isso seria aplicado para todos os que usam o Android.

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